quarta-feira, 30 de maio de 2012

Figuras de Linguagem - Principais Figuras de Construção

1. ZEUGMA - Processo segundo o qual se omite um termo já citado anteriormente, como em:
"Um tocava piano; outro, violino."

2. ELIPSE - Processo segundo o qual se omite um termo que ainda não foi enunciado na frase, mas que facilmente se reconhece pelo contexto, como em:
"A rua deserta, a lua insípida, o ar parado: ninguém no mundo."


3. ASSÍNDETO - É omitir intencionalmente conectivos que em geral seriam usados para sequenciar orações, como em:
"Sorria, a vida é bela."


4. POLISSÍNDETO - É a repetição intencional de conjunções dispostas em sequência, como em:
"E bailava, e cantava, e sorria, e brincava..."


5. ALITERAÇÃO - É a repetição intencional de consoantes de mesma natureza (ou de natureza semelhante) com a intenção de gerar efeitos de sentido, como em:
"O rato roeu a roupa do rei de Roma."


6. ANÁFORA - É a repetição intencional de mesmo item lexical durante intervalos regulares num dado contexto, como em:
"Era um símbolo,
Era uma imagem,
Era um desejo:
Um ideal, enfim."


7. PLEONASMO - É a repetição intencional de palavras ou ideias já bastante claras num dado texto, como em:
"Dançava uma dança sem esperança e desgraçada!"


8. ANACOLUTO - É a utilização de um termo solto na frase, sem vínculo  sintático com o restante do enunciado, como em:
"E a anta, como era preferível um animal menos nojento, ela foi surpreendentemente transformada numa peça de decoração, num bicho empalhado e até mesmo simpático."


9. HIPÉRBATO - É a inversão da ordem normal dos termos de uma oração ou mesmo dos termos de um período, como em:
"Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante"


10. SILEPSE - É concordar uma palavra com uma noção ou ideia inerente a uma dada frase, desprezando assim a concordância mais usual, como em:
"Os brasileiros somos um povo feliz."


11. EPÍTETO - Consiste em adjetivar, qualificar ou caracterizar um termo usando uma noção que já lhe pertence por natureza, como em:
"As neves frias e os fogos quentes são o destino do nosso coração."

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Figuras de Linguagem - Principais Figuras de Palavras

1. METÁFORA - Aproximação de palavras com o propósito de evidenciar uma similaridade, como em:
"Seus olhos são amêndoas mui perfeitas."


2. COMPARAÇÃO - A mesma similaridade que define a metáfora está também presente na figura chamada comparação. A diferença é que no caso da comparação verifica-se a presença de um conectivo explícito sugerindo, assinalando ou mesmo estampando tal semelhança, como em:
"Seus olhos são como amêndoas mui perfeitas."


3. METONÍMIA - É a substituição de uma palavra por outra levando em conta a relação de causalidade existente entre elas, como em:
"Cremilda quebrou todos os cristais da fulana!"


4. CATACRESE - Verifica-se nessa figura o mesmo procedimento que se encontra na construção da metáfora. Ocorre, porém, que a catacrese, de tão comum, já não deixa evidente o processo metafórico, como em:
"Enterrou a agulha no dedo e berrou!"


5. ANTONOMÁSIA - É substituir o nome próprio de alguém por uma outra palavra que designe uma determinada característica que teria consagrado tal pessoa, como em:
"Detestar Aleijadinho é assinar atestado de ignorância."


6. SINESTESIA - Consiste em descrever algo utilizando reunidamente impressões sensoriais percebidas por diferentes órgãos dos sentidos humanos, como em:
"Ela usa um perfume rústico e gostoso..."




quarta-feira, 16 de maio de 2012

Literatura: O Modernismo Português - A Obra de Fernando Pessoa

Dentre todos os modernistas portugueses, merece destaque Fernando Antônio Nogueira Pessoa, que nasceu e morreu em Lisboa (1888 - 1935).
Para escrever sua complexa obra, Fernando Pessoa desdobrou-se em personalidades distintas, os chamados heterônimos. Cada um dos heterônimos revela uma visão de mundo particular.


1. ALBERTO CAEIRO: Este heterônimo caracteriza-se por entender a vida como naturalmente simples, numa inquestionável negação da metafísica; Alberto Caeiro busca as coisas como elas são.


2. RICARDO REIS: Caracteriza-se por uma visão de mundo marcada pelo espírito clássico. Assemelha-se a Alberto Caeiro à medida que faz a apologia da Natureza e da vida rústica.


3. ÁLVARO DE CAMPOS: Caracteriza-se pela preocupação em exaltar o progresso, uma vez que é um homem da cidade, moderno. Tem sido apontado como símbolo do século XX.


4. FERNANDO PESSOA "ELE MESMO": Caracteriza-se pela intelectualização dos sentimentos e pela solidão a que é apegado.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Literatura: O Modernismo em Portugal

Para propósitos didáticos, é costume dividir o Modernismo português em quatro fases, conforme se vê abaixo:

Primeira Fase
O marco inicial do Modernismo português é a revista Orpheu, em 1915. Este primeiro momento da literatura modernista em Portugal contou com nomes de bastante relevância, como Fernando Pessoa e Mário de Sá Carneiro. Estende-se até 1927.

 
Segunda Fase
Inicia-se em 1927 com a publicação do primeiro número da revista Presença, com marcante influência de João Gaspar Simões e José Régio, além de Branquinho da Fonseca, fundadores da revista. Essa publicação propunha a chamada "literatura artística", inspirando-se no que se fazia no restante da Europa. Irene Lisboa e Miguel Torga são os grandes expoentes dessa fase.

Terceira Fase
Inicia-se em 1940, ano em que se inaugura o neorrealismo na literatura portuguesa. Essa nova tendência, caracterizada por uma literatura politicamente engajada, vem se opor ao espírito metafísico e estetizante que era proposto pelo grupo da revista Presença. Os destaques dessa época são Virgílio Ferreira, Fernando Namora e Ferreira de Castro. Termina em 1947.

Quarta Fase
Em 1947, um grupo de poetas, pintores e críticos levantou voz contra o neorrealismo. Esse grupo, denominado Grupo Surrealista, preconizava uma arte mais subjetiva, buscando manifestações subconscientes. No ano de 1949, após uma exposição surrealista, o grupo desfez-se. Fernando Lemos é um nome que merece destaque nessa época.